O novo PSD formalizou ontem apoio à reeleição de Marcio Lacerda (PSB). Diferentemente do PT e do PSDB, que reivindicam a coligação proporcional com o PSB de olho no voto de legenda, o PSD não pleiteou a aliança para as eleições de vereador. “Nossa chapa de vereadores é muito pequena em Belo Horizonte”, admitiu Paulo Simão, presidente estadual do PSD.
O partido do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, exige, entretanto, participar da campanha, da elaboração do programa de governo e de uma eventual futura administração. “A nossa parceria com o PSD será em todo o estado”, garantiu o presidente estadual do PSB, Walfrido Mares Guia.
Na agenda do PSB, estão conversas também com PR e PTB. Até agora, o PSB recebeu o apoio do PSDB, do PP, do PCdoB, do PSL e, segundo indica o resultado do encontro de tática eleitoral do PT, Lacerda também terá os petistas na coligação. “Estamos partindo da premissa, em função da resolução, de que o PT aprovou a coligação e indicará o vice. As coisas que vêm a partir daí são da economia interna deles”, analisou Walfrido.
O presidente estadual do PSB afirmou ter recebido o aval para a aliança também do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em encontro na quarta-feira, logo após o anúncio dos bons resultados do tratamento contra o câncer. “Lula me disse: Fiquei muito feliz com a decisão do PT de Belo Horizonte de apoiar Lacerda.” Walfrido evitou comentar a recomendação da resolução petista, para que o PSB vete a presença do PSDB na chapa. “Como é recomendação não preciso comentar. Se já convidamos o PSDB, não tem sentido vetá-lo porque outro companheiro que convidamos não gostaria de sentar-se à mesa com ele”, alegou.
Da mesma forma que os vereadores de seu partido, Walfrido deu a entender, ontem, que o PSB tende a não se coligar nas eleições proporcionais, a menos que seja bom para a legenda. “Vamos estudar. Desde que não saiamos prejudicados”, afirmou. Segundo ele, a coligação proporcional é o jogo do ganha-ganha. “Ninguém faz para perder. Quem perde é compensado na hora da montagem do governo”, garantiuu.
O PMDB lançará candidatura própria contra a coligação encabeçada por Lacerda, assim como PV, DEM, PPS e PRP.