Na carta de duas páginas que enviou ao presidente do DEM, Demóstenes alegou que sua saída ocorreu por "justa causa" e o partido argumenta que o senador teria se desviado de forma reiterada do programa do partido. Dessa forma, a legenda não poderia pedir o mandato de Demóstenes de volta.
Um assessor jurídico do partido afirmou à Agência Estado, sob a condição do anonimato, que é difícil pedir o mandato de Demóstenes porque não ocorreu, no caso, infidelidade partidária. Do ponto de vista político, o DEM não tem dado mostras de que quer comprar briga na Justiça Eleitoral contra ele.
Para o líder da bancada da Câmara dos Deputados, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA) o caso Demóstenes é "assunto superado" dentro do partido. "A gente não passa a mão na cabeça de quem erra. Se ele não tivesse pedido para se desfiliar, certamente seria expulso. Não temos nenhum problema em cortar na própria carne".