“Nós não queremos que o senhor Valcke tenha mais exposição do que o necessário. Por isso, resolvemos cancelar a audiência que estava marcada para quarta-feira e convidar o senhor Blatter, pois ele é quem manda na Fifa. Além disso, quando o secretário-geral esteve na Câmara, de pouco adiantou para as discussões do projeto”, disse a senadora gaúcha. Os outros relatores são os senadores Vital do Rego (PMDB-PB), da CCJ, e Francisco Dornelles (PP-RJ), da CAE.
Ana Amélia esclareceu que a decisão de rejeitar Valcke foi, sim, uma reação às declaração dele. Para ela, o executivo da Fifa "ofendeu não apenas o governo e o Congresso, mas o país. Depois, veio a nota da Fifa, que explica , mas não justifica aquela declaração. Quem entende francês sabe que ele quis mesmo dizer o que disse, ele foi descortês e deselegante”.
Ela disse que se Blatter não quiser vir ao Senado, “o problema é dele” e que o projeto será analisado sem as opiniões da Fifa. Nesta terça-feira, às 10h, as três comissões vão promover uma audiência conjunta para ouvir o ministro do Esporte, Aldo Rebelo. A audiência pública marcará o início da tramitação do projeto no Senado. Ana Amélia disse que, a partir de agora, os senadores saberão o que o governo quer manter ou modificar no texto aprovado pela Câmara.
“O que a Câmara decidiu parece ser uma coisa razoável. E nós deveremos votar o projeto até maio. A questão mais polêmica continua sendo a liberação da bebida alcoólica nos estádios durante a Copa e isso deve ficar mesmo a cargo dos estados, com mudanças nas legislações estaduais onde esse comércio é proibido, como no Rio Grande do Sul”, explicou a senadora do PP.