"Vamos propor a criação de uma CPI", disse Pinheiro. Ele ressaltou que ainda não conversou com outros líderes da Casa sobre se vão aderir à coleta de assinaturas ou sobre se a comissão parlamentar será mista, de deputados e senadores. Na Câmara, o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) já apresentou no mês passado mais do que as 171 assinaturas necessárias para criar por lá uma comissão parlamentar para investigar as relações do contraventor. No Senado, para se abrir uma CPI, é preciso obter pelo menos 27 apoios.
O líder petista rechaçou qualquer "temor" do partido de as investigações alcançarem governos da legenda, como em Brasília, o governador Agnelo Queiroz. "Não há temor com ninguém. Se tivéssemos, não teríamos apresentado representação (pedindo acesso aos autos) e feito pressão sobre o procurador-geral da República (Roberto Gurgel), que estava com as informações", rebateu. "O temor é exatamente a apuração não caminhar e morrer no Demóstenes (Torres)", acrescentou, referindo-se ao senador goiano, que foi alvo de uma representação do PSOL por quebra de decoro no Conselho de Ética.