Na opinião do parlamentar, o projeto também fere a Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo ele, o projeto “estabelece gastos sem a previsão de orçamento” e libera a Advocacia-Geral da União (AGU) para criar novas despesas ao Estado.
Para Taques, se a proposta for aprovada, como está, “a Fifa terá direitos que nenhuma empresa instalada no Brasil tem”. A seu ver, o PL também contraria o Código de Defesa do Consumidor e não obedece ao Estatuto do Idoso e ao Estatuto do Torcedor.
Aldo Rebelo, que falou em audiência pública, nesta terça, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado, defendeu o projeto, mas evitou polêmica com o senador Taques, que expressou sua opinião sobre o assunto na cerimônia. “O senador Pedro Taques fala com propriedade, já que é jurista”, disse Rebelo. Pedro Taques era procurador-geral da República, antes de tomar posse como senador.
Pedro Taques promete emendar o projeto na Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (CCJ), alterando cerca de 20 artigos. Caso o Senado faça qualquer modificação, o PL voltará à Câmara para ser reapreciado. A Fifa já cobrou publicamente o atraso na votação da Lei Geral. Em fevereiro, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke disse que os responsáveis pela aprovação das regras deveriam “levar um chute no traseiro”.