Boston e Cambridge – Em seu segundo dia de visita oficial aos Estados Unidos, a presidente Dilma Rousseff assinou atos de cooperação com o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e com a Universidade de Harvard para ampliar a cooperação e ampliar as vagas para bolsistas brasileiros tanto do programa Ciência sem Fronteiras, voltado para a graduação sanduíche no exterior, quanto para doutorados. A presidente foi recebida por pouco mais de 50 estudantes brasileiros na cidade, sendo 34 bolsistas do programa.
Durante o dia, a presidente almoçou com o governador de Massachusets, Deval Patrick, se encontrou com acadêmicos do MIT e discursou na Universidade de Harvard. Dilma chegou a convidar o instituto de tecnologia a se instalar no Brasil. De acordo com os presentes, houve uma sinalização positiva do MIT, mas em nível de cooperação. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, se antecipou ao acordo e confirmou a montagem de uma unidade da universidade no Brasil, o que provocou certo desconforto entre governo e instituição.
Um dos atos assinados por Dilma foi a renovação da colaboração do MIT com o Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos (SP). O aprofundamento da cooperação acadêmica envolvendo estudantes, pesquisadores e professores brasileiros com os Estados Unidos foi um dos motes principais da viagem da presidente, especialmente com foco no programa Ciência sem Fronteiras.
Lançado por Dilma em julho de 2011, o projeto tem como objetivo oferecer, até 2015, 100 mil bolsas de estudo para brasileiros no exterior nas áreas de ciências, das quais 25 mil patrocinadas pela iniciativa privada. Desse total, 20 mil serão para os Estados Unidos. Os 555 primeiros bolsistas selecionados pelo programa chegaram aos EUA em janeiro. Atualmente, existem 8,7 mil estudantes brasileiros nos EUA com recursos próprios e 791 bolsistas, conforme dados do Itamaraty. (RH)