O lançamento do nome de Tiririca foi divulgado pelo PR no final de fevereiro. O palhaço foi sondado pelo colega na Câmara e secretário-geral do partido, Valdemar da Costa Neto, um dos réus no processo do mensalão em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). Valdemar disse a Tiririca haver um clamor de eleitores para que o partido o lançasse na disputa. O palhaço respondeu que toparia disputar e a informação foi divulgada. Desde então, porém, não houve qualquer avanço sobre o tema.
A estratégia do PR de colocar o nome do artista na disputa não rendeu os frutos esperados. A presidente Dilma Rousseff manteve Paulo Sérgio Passos no comando dos Transportes. Apesar de filiado, Passos é ligado diretamente a Dilma e não agrada à cúpula do partido. Os senadores, liderados pelo presidente da legenda, Alfredo Nascimento (AM), chegaram até a anunciar a saída da base aliada na tentativa de aumentar a pressão, mas na semana passada formaram um bloco com o PTB e voltaram a se intitular governistas.
Abandonado por sua legenda, Tiririca decidiu deixar de fazer parte do jogo do PR. Disse que vai focar sua atenção em projetos que apresentou na defesa de artistas de circo. "Quero mostrar que um palhaço pode fazer coisa séria". Em relação à eleição em São Paulo, diz querer participar das conversas do partido sobre quem irá apoiar, mas não quis manifestar preferência.