Ao ouvir de seu braço direito, o araponga Idalberto Matias, conhecido como Dadá, que o governador Agnelo Queiroz (PT) poderia renunciar antes do fim de seu mandato, por conta de denúncias de corrupção, o contraventor Carlinhos Cachoeira se mostra espantado com a situação na administração do Distrito Federal: “Não dá! Que governo é esse?!”, disse. “Já tem até articulação aí que acha que ele, até o fim do ano (2011), vai renunciar”, emenda Dadá, relatando uma conversa que tivera com um integrante do alto escalão do governo do DF.
A gestão de Agnelo também é criticada em outras escutas. Os aliados de Cachoeira demonstram insatisfação não só com a questão “ética”, mas com a insistência do secretário Paulo de Tadeu (Governo) em barrar algumas nomeações e o excesso de servidores lhes dando ordens.
“O chefe da diretoria de limpeza do Gama e gerente de aterro estão mandando mais que o João Monteiro (ex-diretor-geral do Serviço de Limpeza Urbana)”, reclama Dadá, em gravação de 31 de março de 2011. Ao falar com o ex-assessor da Casa Militar Marcelo Lopes, o araponga reclama que Agnelo “perdeu totalmente o controle da situação”.