O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, conversou com Chávez, Correa e Morales na tentativa de resolver a polêmica. Santos foi a Havana, capital cubana, conversar com o presidente Raúl Castro para minizar o mal-estar.
No Brasil, as autoridades defenderam a participação de Cuba e reiteraram a necessidade de acabar com o embargo econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos ao país desde 1962. Em decorrência do chamado bloqueio, Cuba vive momentos de dificuldades internas na sua economia e passou a abrir o mercado para investimentos estrangeiros.
A exclusão de Cuba da Cúpula das Américas, segundo negociadores que participaram das reuniões prévias, deve ser tratada de forma reservada pelos presidentes presentes à reunião. O tema deve ser assunto do chamado retiro – momento em que os líderes debatem questões políticas. Há também a previsão de Dilma se reunir com Santos.
O Brasil e a Colômbia atuam de forma parceira nas operações de resgate de reféns, mantidos sob poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). No começo deste mês, aeronaves brasileiras e equipes de especialistas integraram as ações de resgate dos dez últimos militares e policiais mantidos em cativeiro pelos guerrilheiros.
Também estará em discussão na 6ª Cúpula das Américas a questão da segurança internacional da região – Américas do Sul, Central e do Norte. Várias vezes, os presidentes se manifestaram preocupados com o aumento das ações dos traficantes de drogas e armas.
Norte-americanos e colombianos negociam a instalação de bases militares dos Estados Unidos na região. O tema divide opiniões entre os países vizinhos, inclusive o Brasil, pois há um temor de ingerência norte-americana em assuntos internos.
Paralelamente, os presidentes conversarão sobre os esforços conjuntos para ampliar os programas de inclusão social e combate à pobreza. Dilma deverá mencionar os programas executados no Brasil e pretende reiterar que o tema também será discutido durante a Conferência Rio%2b20, em junho, no Rio de Janeiro.