São Paulo – Submetido a uma cirurgia cardíaca, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), deve deixar na manhã de hoje a UTI do Hospital Sírio-Libanês, mas permanecerá internado por uma semana. No sábado, o senador sentiu dores no peito e viajou a São Paulo para consultar-se com seu médico, o cardiologista Roberto Kalil. Por volta das 23h, as dores aumentaram e ele foi submetido a um cateterismo, seguido de angioplastia, para desobstrução da artéria descendente anterior, uma das principais do coração. “Ele correu sério risco de infarto, mas o resultado da cirurgia ficou muito bom. A previsão é de que fique internado no semi-intensivo mais uma semana”, afirmou o médico.
Ainda de acordo com o médico, devido à posição da obstrução, foi decidido usar um stent (tubo artificial que dilata a artéria) em vez de fazer uma ponte de safena. O cateterismo e a angioplastia levaram cerca de uma hora. Ontem, Sarney se alimentou sem dificuldades acompanhado da mulher, Marly, e estava proibido de receber visitas. A presidente Dilma Roussef e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ligaram para Kalil, que é médico dos dois, para saber como estava Sarney. No boletim divulgado, o hospital informou que a situação de Sarney era estável.
Histórico
Quatro anos atrás, Sarney havia se submetido a um cateterismo, que não apontou obstrução coronária. Kalil informou, no entanto, que o senador tem fatores preexistentes que facilitam doenças cardíacas. Não é fumante, mas é hipertenso e tem histórico familiar de problemas do coração. “Sarney sentiu um sintoma estranho a ele, essa dor no peito, e procurou logo o médico. Por isso a prevenção é fundamental”, comentou, afirmando que a dor considerada “clássica” do infarto, no braço, o senador começou a sentir no fim da noite de sábado, quando já estava internado.