A expectativa, de acordo com os empresários, é que Hillary proponha maior parceria no setor privado e ressalte a importância das empresas brasileiras e norte-americanas partilharem projetos de inovação tecnológica. Porém, antes de Hillary, os empresários se reunirão com o secretário do Interior dos Estados Unidos (cargo equivalente ao de ministro), Ken Salazar.
O ministro pretende destacar a importância do turismo no aumento das relações econômicas bilaterais. Também deverá explicar como funcionarão os novos consulados dos Estados Unidos no Brasil – em Belo Horizonte (MG), e Porto Alegre (RS). Os empresários esperam dele também informações sobre as medidas para facilitar a concessão de vistos aos brasileiros.
Os Estados Unidos são o segundo principal parceiro comercial do Brasil. Em 2011, o fluxo de comércio entre os dois países atingiu US$ 60 bilhões, representando aumento de 37% em relação ao registrado em 2007. O Brasil é a sexta maior fonte de visitantes para os Estados Unidos.
À tarde, Hillary conversa com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, durante a 3ª Reunião do Diálogo de Parceria Global (DPG) Brasil-Estados Unidos. O grupo foi criado em 2010 e prevê encontros anuais. A ideia é analisar de forma coordenada propostas comuns em várias áreas - educação, ciência e tecnologia, inclusão social e direitos humanos.
Nesta terça-feira, a secretária de Estado norte-americana se reúne com Dilma Rousseff durante a 1ª Conferência Anual de Alto Nível da Parceria para um Governo Aberto (cujo nome em inglês é Open Government Partnership). O encontro é presidido pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos. Estarão presentes representantes de 42 países.
Confirmaram presença na conferência o primeiro-ministro da Geórgia, Nikoloz Gilauri; o presidente da Tanzânia, Jakaya Kikwete; o vice primeiro-ministro da Líbia, Omar Abdelkarim; o ministro das Relações Exteriores da Estônia, Urmas Paet, o ministro das Relações Exteriores do mesmo país, Edgars Rinkevics, além do ministro das Relações Exteriores da Libéria, Augustine Ngafuan.
A conferência foi criada formalmente durante uma reunião paralela no ano passado, quando os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama, dos Estados Unidos, conversaram na 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. A parceria é um fórum de participação voluntária que reúne governos e entidades da sociedade civil. O principal objetivo é fortalecer políticas nacionais de transparência e combate à corrupção por meio do intercâmbio de experiências entre seus participantes.
A visita de Hillary é cercada por cuidados da segurança norte-americana. O acesso aos locais nos quais ela estará é feito com duas a quatro horas de antecedência.