Eles reivindicam a posse de 54,1 mil hectares de terras nos dois municípios e na cidade de Camacan, em uma disputa que se prolonga há mais de três décadas. A área seria integrante da Reserva Caramuru-Paraguaçu, demarcada em 1936, mas o governo baiano concedeu títulos de posse na região para fazendeiros.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) propôs uma ação cível ordinária ao Supremo Tribunal Federal (STF), em 1982, pedindo a anulação de 400 títulos emitidos pelo governo baiano.
A ação, que tem relatoria da ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha chegou a ter o julgamento agendado para 20 de outubro último, mas o governo do Estado pediu para que o tema fosse retirado da pauta pelo risco de "grave comoção pública e eventual desordem social" que a decisão poderia acarretar. Em 31 de março, a ministra entrou com pedido de urgência para a reinclusão do processo na pauta.