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Estado de Minas

Países que descartarem ações de 'Governo Aberto' serão deixados para trás, diz Hillary


postado em 17/04/2012 12:01 / atualizado em 17/04/2012 12:19

 Dilma, Patriota e Hillary Clinton, durante a 1ª Conferência de Alto Nível para Governo Aberto ( OGP ), em Brasília(foto: Roberto Stuckert Filho)
Dilma, Patriota e Hillary Clinton, durante a 1ª Conferência de Alto Nível para Governo Aberto ( OGP ), em Brasília (foto: Roberto Stuckert Filho)
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, defendeu nesta terça-feira que mais países façam parte da chamada Parceria para um Governo Aberto (cujo nome, em inglês, é Open Government Partnership) que tem o intuito de aumentar o combate à corrupção e a busca por governos sólidos e baseados nos cidadãos. Hillary disse que as nações que não aderirem a esses esforços ficarão para trás, pois o mundo atual é o da globalização e integração.

“Os governos que se escondem do público, que ignoram as aspirações dos povos, vão se tornar cada vez mais insustentáveis”, disse Hillary, no discurso de cerca de 15 minutos na abertura da 1ª Conferência Anual de Alto Nível da Parceria para um Governo Aberto. Segundo ela, os governos que querem isolar a participação da sociedade serão surpreendidos: “Vão descobrir que serão deixados para trás”.

A reunião de hoje é comandada pela presidente Dilma Rousseff e pela secretária de Estado norte-americana, além do presidente da Tanzânia, Jakaya Kikwete, e do primeiro-ministro da Geórgia, Nika Gilauri. Também estão presentes no evento representantes de 42 países. No total, 55 países integram o chamado Governo Aberto.

No seu discurso, Hillary elogiou os esforços de Dilma no combate à corrupção e na busca por mais transparência. “Quero elogiar seu empenho e luta, presidenta Dilma, contra a corrupção criando um padrão mundial”, disse. “A corrupção mata e destrói o potencial dos países”, alertou a secretária.

Para Hillary, várias medidas podem ser adotadas para ampliar os esforços de combate à corrupção e busca por mais transparência. A secretária citou, por exemplo, a criação de legislações contra a corrupção, o fortalecimento da projeção da mídia e a criação de sites de redes sociais para que os cidadãos possam fazer seus relatos.

A secretária reiterou ainda que vários países adotaram medidas eficientes na tentativa de consolidar governos abertos. Além do Brasil e dos Estados Unidos, ela citou o Chile, Israel, a Romênia e a Espanha. Segundo ela, na Tanzânia, foi criado um site que expõe, publicamente, números e informações do governo para a população.

No caso dos Estados Unidos, Hillary disse que foram criados 26 projetos para melhorar a prestação de serviços públicos e a gestão de recursos. De acordo com a secretária, a intenção é ampliar esses sites: “Queremos levar mais transparência para a indústria petrolífera e gás.”

Ela também disse que está determinada a orientar as embaixadas dos Estados Unidos em todos os países a instaurar sistemas de acesso para que os cidadãos apresentem sugestões e façam suas manifestações. “Temos de transformar em ações as nossas aspirações”, ressaltou.


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