Lideranças do PSDB, DEM e PPS fizeram nesta terça um ato simbólico para marcar o início do recolhimento de assinaturas para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira. A oposição está preocupada com manobras governistas para atrasar instalação da CPI.
"Pela segunda vez um dos nossos é defenestrado do partido", disse o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), referindo-se ao senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) flagrado pela Operação Monte Carlo em conversas telefônicas com o contraventor Carlinhos Cachoeira. As lideranças dos três partidos de oposição garantiram que suas bancadas de deputados e senadores vão assinar em peso o pedido de CPI.
"Essa CPI não vai ser fácil. Setores do governo não querem a instalação dessa CPI", observou o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP). "O governo está agora com uma postura claudicante em relação à CPI. Temos de evitar que a CPI termine em pizza", emendou o líder do DEM na Câmara, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA).