Por entender que o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, se encontra numa "situação de risco", o deputado Francisco Escórcio (PMDB-MA) pediu ao presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), e ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que adotem providências para impedir que ele venha a ser assassinado ou intimidado na prisão. Preso desde o dia 29 de fevereiro, Cachoeira está sendo transferido do presídio de segurança máxima de Mossoró (RN) para o presídio da Papuda, no Distrito Federal.
O deputado maranhense prevê, ainda, que o presídio da Papuda não tem condições de assegurar efetivamente a integridade física e psicológica de Cachoeira. Escórcio aponta como motivo da sua iniciativa o interesse em apurar os fatos, sobretudo por se sentir vítima de "ações ilegais perpetradas pelo acusado e demais integrantes do esquema investigado que, que envolveria autoridades públicas, políticos, empresários e veículos da mídia". Ele se refere ao fato de, em 2007, ter sido acusado de espionar políticos goianos a mando do então presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL).