Mesmo assim, ele disse que, após as denúncias, mandou apurar. "A apuração que nós fizemos chegou à conclusão de que não há nenhuma pessoa indicada", garantiu. "Jamais fui procurado, jamais alguém teria a ousadia de me procurar como governador para tratar de qualquer assunto que dissesse respeito a qualquer tipo de ilegalidade. Jamais tiveram coragem de me procurar para isto."
O governador de Goiás ressaltou que os assessores que tiveram os nomes citados saíram do governo. "Tenho certeza de que ao final restará provada a inocência de cada um deles, até porque não são investigados", afiançou. Em relação a contratos com a Construtora Delta, disse que um foi anterior a sua posse, tratando de veículos para a segurança, e outros dois são para reconstrução de 2.081 quilômetros de rodovias, que teriam tido deságio de 23%, com economia de R$ 170 milhões.
Também acusado de privilegiar empresas ligadas a Carlinhos Cachoeira, o governador de Tocantins negou. Mas admitiu um encontro rápido com o contraventor. "Uma vez, quando eu estava em companhia do doutor Ataíde de Oliveira (um amigo) e cruzamos com esse cidadão, ele me apresentou fortuitamente e nunca mais tive contato, não tenho relacionamento", relatou Siqueira Campos. "O relacionamento dessa figura, que hoje tem projeção nacional, não é comigo nem com os meus partidários, são (sic) com os nossos adversários."
O presidente do PSDB disse que, desde o início, o partido aprovou por unanimidade a instalação de uma CPI por vários motivos, entre eles a convicção do "mérito, integridade e competência" de Perillo. "Entre nós não há o que esclarecer, rigorosamente tudo para nós já está esclarecido", avalizou. "O que desejamos é uma CPI limpa, aberta, uma CPI que não respeite interesses partidários e que vá buscar em qualquer lugar os esclarecimentos que precisam ser encontrados." Para ele, o único atingido da oposição foi o senador Demóstenes Torres (ex-DEM).
Guerra afirmou que espera apenas que o governo e o PT tenham "capacidade" para desenvolver a CPI. "Porque até hoje só fez impedir o funcionamento de comissões parlamentares de inquérito, criou tropa de choques, movimentos que impedem o diálogo, a divergência e o contraditório, que é indispensável para o funcionamento de uma CPI", disse. Segundo ele, "o governo apoiou a CPI sem saber o que estava fazendo". "Viram esse negócio de Goiás, pensaram que era por aí e não era, o negócio foi para Brasília e vai para outros lugares", afirmou.