O bicheiro também passa a ter mais tempo de banho de sol diário e pode receber a visita do advogado a qualquer hora do dia ou da noite. Antes as visitas tinham de ser agendadas. Ele ocupará uma cela coletiva de cerca de 50 metros quadrados, com banheiro, chuveiro frio e cama de cimento. Os familiares, que moram em Goiânia, também reclamavam dificuldades de visita por conta da distância do presídio de Mossoró, para onde ele foi levado no dia seguinte à sua prisão, em 29 de fevereiro, na Operação Monte Carlo.
O Departamento Penitenciário Federal (Depen), encarregado da transferência para Brasília, despistou toda a imprensa e fez o traslado em sigilo. Enquanto os jornalistas se centravam desde cedo no aeroporto seguindo a pista falsa de que o bicheiro chegaria às 10h, Cachoeira dava entrada tranquilamente na Papuda. O Depen informou que transferência de presos segue um procedimento sigiloso previsto em lei, por questão de segurança.
Cachoeira fez todo o percurso algemado, escoltado por quatro agentes penitenciários federais. Ele desembarcou no aeroporto de Brasília e da pista foi embarcado numa viatura da Polícia Federal, seguindo direto para a Papuda. A ala federal tem atualmente 22 presos. Ele foi transferido por decisão liminar do juiz Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal (TRF). O juiz acatou o argumento da defesa de que Cachoeira não cometeu crime hediondo e é réu primário.