Um mês depois do assassinato do brasileiro Roberto Laudisio Curti, de 21 anos, em Sydney, na Austrália, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara quer ouvir detalhes sobre as providências tomadas pelo governo do Brasil e as expectativas da família estudante – enterrado no último dia 15. A presidenta da comissão, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), marcou para terça-feira a discussão do caso.
Na reunião da próxima semana, serão ouvidos parentes de Curti, a diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior do Itamaraty, Maria Luiza Ribeiro, e a assessora internacional do Ministério da Educação Luciana Mancini, além de representantes do Ministério da Justiça.
No dia 18 de março, Curti foi morto em uma das ruas de Sydney durante uma operação policial. Segundo relatos, ele foi perseguido em uma por policiais, que desconfiaram que ele furtou biscoitos de uma loja de conveniência. O estudante foi imobilizado com armas elétricas e gás de pimenta. Na ocasião, a família de Curti reagiu, informando que houve discriminação e descaso.
Perpétua disse que na próxima terça-feira será discutido também o programa de Ciência sem Fronteiras, que pretende enviar para o exterior 100 mil pesquisadores brasileiros, em quatro anos. Uma das preocupações da comissão é garantir a preservação dos direitos e reguardar a proteção aos brasileiros que participarem do programa no exterior.