Haddad disse que apresentará ao eleitor paulistano um "projeto de mudanças estruturais". De acordo com ele, transporte público e habitação são "os problemas agudos" da cidade e saúde e educação são "os problemas crônicos". "Ele (Kassab) não equacionou satisfatoriamente esses problemas. Vamos ter de enfrentar esses problemas imediatamente. Ele deixou muito a desejar", concluiu.
Oito quilos mais magro, Haddad contou que nos últimos meses cortou de seu cardápio diário doces e carboidratos. Questionado se era mais fácil perder peso ou crescer nas pesquisas de intenção de voto, o pré-candidato afirmou que as duas situações têm a mesma dificuldade. "Acho que vai ser igual, né? São desafios em áreas diferentes", brincou. "Mas eu penso o seguinte: o desafio é de colocar a cidade acima de qualquer outro interesse", completou.
O petista também destacou que está seguindo os conselhos da senadora Marta Suplicy, que recomendou a ele "gastar sola de sapato" para conquistar a militância e o eleitorado. "Já andei metade da cidade e não de maneira trivial", ressaltou. Ele relativizou as últimas pesquisas, que lhe atribuíram 3%. "Elas foram feitas há quase 60 dias, é natural que uma candidatura nova leve mais tempo (para ganhar força)", avaliou.
Haddad foi o segundo pré-candidato a participar da série de entrevistas sobre eleições municipais, promovida pelo Grupo Estado. Terça-feira, a entrevistada foi a pré-candidata Soninha Francine (PPS). Na sexta-feira (20), o entrevistado será Celso Russomanno (PRB). Na semana que vem, serão entrevistados Netinho de Paula (PCdoB), no dia 25, e o peemedebista Gabriel Chalita, no dia 27. O pré-candidato do PSDB, José Serra, ainda não confirmou sua participação.