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Estado de Minas

Congresso cria CPMI de Cachoeira nesta quinta-feira

Partidos podem indicar integrantes até a próxima terça-feira. Expectativa é que os trabalhos sejam iniciados na próxima semana, quando a composição estará completa


postado em 19/04/2012 08:50 / atualizado em 19/04/2012 09:01

O requerimento de criação da CPMI que investigará negócios do contraventor Carlinhos Cachoeira será lido nesta quinta-feira em sessão do Congresso, no Plenário Ulysses Guimarães, o que constitui regimentalmente o ato de criação da CPMI. A 1ª vice-presidente da Câmara e do Congresso Nacional, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), informou que a conferência das assinaturas já foi feita e a leitura do requerimento na sessão de hoje atende ao pedido dos líderes partidários. Até ontem, haviam sido confirmadas 67 assinaturas de senadores e 362, de deputados.


Rose de Freitas informou ainda que os partidos terão até a próxima terça-feira para indicar os membros que vão compor a comissão. Ao todo são 15 deputados e 15 senadores, com igual número de suplentes. Feita a indicação, a CPMI pode se reunir para a eleição do presidente e indicação do relator. “A primeira reunião do colegiado deve ocorrer na próxima quarta-feira”, disse a deputada.

Presidente e relator


O presidente da Câmara, Marco Maia, disse que ainda não foram definidos os nomes que ocuparão os cargos de presidente e relator da CPMI, mas que, por tradição dos maiores partidos em cada Casa, o PT, pela Câmara, deve ficar com a relatoria, e o PMDB, pelo Senado, com a presidência.

Ele afirmou que a CPMI não deve interferir no ritmo dos trabalhos na Câmara nem nas votações do Plenário. “A CPMI é importante para o Brasil porque vai desvendar uma quadrilha, que constitui um poder paralelo. Não será uma CPMI de posição e oposição. Aqueles que têm a intenção de fazer da comissão um grande espetáculo não devem fazer parte dela. Se for para fazer disputa política, a comissão não atingirá seu objetivo”, declarou.

Investigação ampla


O líder do DEM, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), disse que é preciso ter um compromisso com uma investigação ampla. “Tudo que seja de irregularidade que envolva as operações de Carlos Cachoeira, da contravenção no Brasil, da ilicitude da prática de jogos deve ser investigado. E, claro, sem poupar partidos, agentes públicos ou empresas”, afirmou.

Na avaliação do líder do PT, deputado Jilmar Tatto (SP), não haverá encenação nas investigações. Ele negou que o governo esteja preocupado com a CPMI, já que a investigação envolverá a empresa Delta, uma das principais prestadoras de serviço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Tem que ter seriedade na investigação, ser bastante criterioso do ponto de vista do aprofundamento da investigação, e que a tarefa que está sendo dada aos membros da CPI aconteça na sua plenitude, sem cerceamento”, disse.


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