A movimentação financeira rotulada de atípica na conta de Toledo foi identificada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Ele deixou o BB em dezembro, em meio a fogo cruzado de que teria interesse em desestabilizar o presidente da instituição, Aldemir Bendine.
Defendido pelos criminalistas José Roberto Batochio e Guilherme Batochio, o ex-vice do BB apresentou esclarecimentos à Comissão de Ética em 11 de abril. Ele alegou que teve seus dados bancários violados.
“A verdade prevaleceu e encerra definitivamente qualquer dúvida a respeito do meu caráter e dos meus atos”, declarou Toledo. “Jamais tive desvio de conduta em meus 30 anos de BB, de onde saí de cabeça erguida, disposto realmente a migrar para a iniciativa privada após aderir ao Programa de Desligamento de Altos Executivos.”
Toledo atribui as denúncias a “uma guerra de poder” dentro do BB. “Uma guerra da qual não faço parte, fui envolvido.” Ele rechaça com veemência que tenha favorecido clientes. “Não existe nenhuma decisão que eu tenha tomado isoladamente. Todas as medidas são analisadas pelo colegiado do BB, com assinatura dos oito vice-presidentes e do presidente do banco.”
A conclusão da Comissão de Ética não vai fazer com que Toledo desista da investigação para identificar quem violou seu sigilo. “Meu primeiro passo foi provar que não cometi ato ilícito algum, mas não abro mão dessa apuração sobre quem acessou meus dados pessoais.”