Jornal Estado de Minas

Congresso cria CPMI para investigar esquema de Cachoeira

Agência Brasil

Plenário da Câmara durante instalação da CPMI de Cachoeira - Foto: Saulo Cruz / Ag Câmara O Congresso Nacional criou oficialmente, no final da manhã desta quinta-feira, a comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que vai investigar as relações do empresário de jogos de azar Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com parlamentares e agentes públicos e privados. O esquema de Cachoeira faz parte das apurações das operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, e inclui ligação com diversos parlamentares, entre eles, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).

A vice-presidente do Congresso, Rose de Freitas (PMDB-ES), comunicou que as lideranças da Câmara e do Senado têm até terça-feira para indicados os titulares e suplentes que farão parte da CPMI.

A comissão será composta por 15 senadores e 15 deputados titulares e igual número de suplentes. Os parlamentares serão indicados seguindo o critério de proporcionalidade, aquele partido que dispõe de mais políticos terão direito a um maior número de cadeiras.

 

Investigação ampla


Nessa quarta-feira líder do DEM, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), disse que é preciso ter um compromisso com uma investigação ampla. “Tudo que seja de irregularidade que envolva as operações de Carlos Cachoeira, da contravenção no Brasil, da ilicitude da prática de jogos deve ser investigado. E, claro, sem poupar partidos, agentes públicos ou empresas”, afirmou.

Na avaliação do líder do PT, deputado Jilmar Tatto (SP), não haverá encenação nas investigações. Ele negou que o governo esteja preocupado com a CPMI, já que a investigação envolverá a empresa Delta, uma das principais prestadoras de serviço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Tem que ter seriedade na investigação, ser bastante criterioso do ponto de vista do aprofundamento da investigação, e que a tarefa que está sendo dada aos membros da CPI aconteça na sua plenitude, sem cerceamento”, disse.