A Justiça determinou o bloqueio de bens do ex-presidente da Câmara de Vereadores de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB), no valor aproximado de R$ 1,6 milhão, sob acusação de improbidade administrativa. De acordo com denúncia do Ministério Público, ele seria responsável pelas nomeações de cinco servidores "fantasmas". Também houve bloqueio de bens do ex-vereador Ehden Abib e do servidor João Leal de Matos. O MP pede ressarcimento de R$ 2,5 milhões e quer garantia de recursos para pagamento de possível multa no caso de condenação.
Abib, que não foi encontrado, teve bloqueio de R$ 6,5 milhões e Matos, que está foragido, de R$ 2,7 milhões. O advogado de Derosso, Antonio Augusto Figueiredo Basto, disse que entrará com um agravo no Tribunal de Justiça. Segundo ele, o primeiro questionamento é em relação à possível prescrição, visto que os atos sob investigação teriam sido praticados em 2000. O advogado disse que até agora não tinha sido dado direito de defesa. Basto acentuou que o presidente da Casa e os outros membros da Mesa apenas homologavam as decisões que passavam por vários níveis de poder na Câmara. "Não cabe a ele verificar a documentação", afirmou. "Ele é vítima, foi iludido."