Brasília - Último partido a anunciar os nomes para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o PT reunirá sua bancada na manhã de terça-feira para definir as seis indicações a que o partido tem direito – três titulares e três suplentes. No encontro, o partido também deverá definir o nome do relator da comissão, criada para investigar a relação do empresário, suspeito de comandar um esquema de jogos ilegais com a participação de políticos e agentes públicos e privados.
Desde a semana passada, o líder do PT na Câmara, o deputado Jilmar Tatto (PT-SP), tem dito que vem conversando com os 85 parlamentares da bancada antes definir os escolhidos.
Nesta segunda-feira, o líder informou que não pretende indicar deputados que estão envolvidos com as eleições municipais de outubro como candidatos ou como coordenadores de campanha.
O deputado petista afirmou ainda que a eventual exclusão da empresa Delta das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não prejudicará o programa. A empresa é acusada de fazer parte do esquema montado por Carlinhos Cachoeira, que está preso em Brasília.
Segundo Tatto, todas as pessoas ou empresas que cometeram "malfeitos" devem ser investigadas e punidas.
"Se a CPMI eventualmente descobrir outras irregularidades no governo serão tomadas medidas e isso é bom. Ninguém aceita irregularidade", argumentou.
A presidente em exercício do Congresso, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), convocou para amanhã, às 19h30, sessão conjunta da Câmara e do Senado para o anúncio oficial dos membros da CPMI do Cachoeira.
Depois da sessão, a comissão já poderá ser instalada, o que está previsto para a próxima quarta-feira, quando serão eleitos o presidente e o vice-presidente da CPMI e nomeado o relator. Por ter a maior bancada no Senado, o PMDB tem direito à presidência da comissão e já indicou o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) para o cargo.