O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reagiu nesta terça-feira ao pedido dos advogados de defesa do contraventor Carlinhos Cachoeira em tentar anular na Justiça a investigação da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF). Além de voltar a defender a ação da PF neste episódio, Cardozo argumentou que o Judiciário não pode perder a oportunidade de fazer justiça: "Espero, como todos os brasileiros, que se faça justiça. Quem agiu de forma ilícita e quem praticou crimes lesando o povo brasileiro deve responder por isso".
Para o ministro, ao pedir a nulidade do inquérito, a defesa de Carlinhos Cachoeira age como o esperado. "A defesa sempre alega inocência ou nulidade das provas. Eles estão optando por um caminho", frisou. Cardozo acredita que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar o envolvimento de Cachoeira com políticos e parlamentares terá acesso ao inquérito da PF por ter poder de polícia, mas lembrou que a decisão final é do STF.
Indagado se é favorável à inclusão do enriquecimento ilícito no projeto do Novo Código Penal, o ministro da Justiça disse que é chegada a hora desse tipo de delito ser tipificado neste código. "Hoje existe uma lacuna no direito brasileiro. Chegou a hora de colocarmos o enriquecimento ilícito no Código Penal".