Pertence afirmou que não haverá pressa na análise da denúncia e que todos os ministros de Estado estão suscetíveis a investigações da comissão.
“Nós nos reunimos e analisamos o que chamamos de conjuntura. É um resumo de tudo que vocês falaram, julgaram e de todos que vocês condenaram”, disse Pertence.
“Parece que não é questão de homicídio, que tenhamos que tomar uma decisão hoje. É mais uma acusação de possível corrupção. Então, há muito tempo. É passível de abertura de investigação. Todo mundo pode ser investigado”, informou o presidente.
Sepúlveda Pertence ainda classificou abusiva a quantidade de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça no Brasil. Convidado pela Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para falar sobre as atribuições e o funcionamento da Comissão de Ética, Pertence criticou a atual estrutura da comissão. Segundo ele, o órgão é “um ente de pobreza franciscana”, com orçamento de R$ 600 mil.
Sobre os processos que estão em andamento na comissão, o presidente da comissão informou que a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, já ofereceu esclarecimentos sobre as denúncias de irregularidade no Ministério da Pesca.
Sobre o caso do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, Pertence disse que a comissão pediu informações adicionais, mas que ainda não teve resposta.