O advogado Genuino Lopes Moreira não fará mais a defesa de Idalberto Matias de Araujo, o Dadá, tido como braço direito do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Seu novo advogado é Leonardo Gagno do escritório de Edson Maraui, que por sua vez advoga para José Olímpio de Queiroga Neto, apontado pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, como sendo o chefe de uma das facções subordinada a Cachoeira.
Encarregado em cooptar autoridades e em obter informações sigilosas de interesse da quadrilha de Cachoeira, o sargento da reserva da Aeronáutica Dadá está preso em Brasília. Genuino Moreira disse que advoga para ele desde 2003. E diz que foi para ele que o filho do operador de Cachoeira ligou em 29 de fevereiro, quando o contraventor foi preso. "Para não acabar com a amizade, preferi me afastar do trabalho". O advogado informou que atuará somente com relação ao habeas corpus que apresentou em favor do cliente.
Já Edson Maraui disse que é cedo para falar sobre a possibilidade de Olímpio Queiroga cooperar com a CPI, a exemplo do que sinalizou o advogado do tesoureiro Geovani Pereira da Silva, que está foragido. "Meu cliente ainda não decidiu nada a respeito", afirmou Maraui.