O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad sinalizou nesta quarta quais serão as diretrizes do plano de governo que ele defenderá durante a campanha.
“No nosso entendimento, São Paulo vive dois problemas muito agudos hoje: transporte e moradia, e dois problemas crônicos: saúde e educação. Precisamos incidir nesses quatro assuntos imediatamente”, disse Haddad. Ele afirmou também que sua plataforma terá o mote de trazer generosidade a São Paulo. “Está faltando generosidade para a cidade.”
Transportes
O petista avaliou que São Paulo vive um “verdadeiro apagão” no transporte público. “As pessoas estão comprando um carro para se deslocar, porque o transporte público vem recebendo poucos investimentos da Prefeitura”, afirmou, não poupando a gestão do seu principal adversário, José Serra (PSDB), e a do atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD), ao questionar sobre os 200 quilômetros de corredores de ônibus prometidos. “Na gestão da Marta, foram construídos 70 quilômetros. É um recorde da cidade” defendeu. O pré-candidato acrescentou também que foi Marta quem introduziu o sistema de Bilhete Único na capital.
Outro pilar da plataforma visando à continuidade da gestão petista é a educação. Carregando a herança dos Centros Educacionais Unificados (CEUs), Haddad disse que defenderá a construção de creches para atender as 200 mil crianças que esperam por uma vaga. Ele também defendeu ensino em tempo integral. Além disso, o petista voltou a cobrar a falta de parcerias com o governo federal, sobretudo nos setores de educação profissional e ensino superior.
Moradia
Ao falar de habitação, o pré-candidato voltou a criticar a gestão atual. “A Prefeitura está no pior momento na produção de moradia popular e de regularização fundiária”, apontou.
Haddad também aproveitou a apresentação de suas propostas na área de saúde pública para alfinetar o tucano Serra, que foi prefeito em 2006, mas teve experiência à frente do Ministério da Saúde, em 2002.
O petista voltou a abordar o problema da falta de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) e a possibilidade de o governo do Estado vender 25% das vagas dos hospitais ao setor privado. “O problema na saúde é um só: a falta de gestão”, concluiu.