Jornal Estado de Minas

População de Congonhas vai cobrar mais transparência da CSN

Leonardo Augusto
A Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa realiza hoje em Congonhas audiência pública para debater a atuação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) no município. Segundo o presidente da União das Associações Comunitárias de Congonhas (Unaccon), Sandoval de Souza Pinto Filho, os moradores pedem transparência nos projetos que a empresa desenvolve atualmente e nos que ela pretende implantar na região. “Queremos que a companhia use tecnologia adequada e que a paisagem e a água do município sejam preservadas”, diz. A audiência será na Câmara Municipal, a partir das 10h.
O presidente do Legislativo municipal em Congonhas, vereador Eduardo Matozinhos (PR), afirma que a Assembleia chegou tarde à discussão sobre a CSN em Congonhas. “Estamos discutindo tudo isso há mais de cinco anos”, diz o parlamentar. Conforme o vereador, existe pressão para que o projeto de lei que autoriza a ampliação da retirada de minério pela empresa na cidade seja adiado. “Vão ter que me tirar da Presidência. Vou colocar o texto em votação em breve”, diz Matozinhos.

O deputado estadual Célio Moreira (PSDB), presidente da Comissão de Meio Ambiente, prefere não discutir se a Assembleia entrou “cedo, tarde ou no momento exato” na discussão envolvendo a CSN em Congonhas. “Existe um projeto de lei municipal. O que queremos é alertar para o que possa vir a ocorrer”, diz o parlamentar, referindo-se aos impactos ambientais que podem ocorrer na cidade. Além de vereadores e deputados, foram convidados para a audiência pública representantes da prefeitura, da CSN, do Ministério Público, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

“Queremos que a companhia use tecnologia adequada e que a paisagem e a água do município sejam preservadas”

>> Sandoval Pinto Filho, presidente da Unaccon