Jornal Estado de Minas

CUT elogia Dilma por defender corte de juros

AgĂȘncia Estado
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, saiu nesta terça-feira em defesa do discurso feito nessa segunda-feira pela presidente Dilma Rousseff, onde ela atacou os altos juros cobrados pelos bancos privados. "A presidente Dilma respondeu à nossa reunião, feita há um mês, onde colocamos que ela tinha que ter mais ousadia com o sistema financeiro. Ela tinha de cobrar mais a redução do spread bancário e utilizar os bancos públicos para isso", disse o sindicalista, que participa da festa de 1º de Maio organizada pela central, na Capital.
O dirigente disse que a postura da presidente tende a encaminhar o País para uma grande reforma tributária, onde se privilegie os geradores de emprego e se puna os "especuladores". "Temos de continuar (com esses discurso) para fazer a reforma tributária e garantir que quem quer produzir e gerar emprego pague menos impostos e quem quer especular pague mais impostos. Essa é a nossa luta", emendou.

Segundo Artur Henrique, o governo federal não está abrindo uma guerra contra o sistema financeiro, mas "é um grande desafio enfrentar este poder do sistema financeiro porque é necessário a responsabilidade social dos bancos privados com o desenvolvimento do País".

O presidente da CUT elogiou a indicação do deputado federal Brizola Neto(PDT-RJ) para ocupar o Ministério do Trabalho. Ele lembrou que o parlamentar já foi Secretário do Trabalho no Rio de Janeiro e que espera dele uma postura "republicana e igualitária em relação às centrais sindicais". De acordo com Artur Henrique, amanhã haverá uma conversa informal com Brizola Neto e na quinta-feira pela manhã, as centrais devem se reunir com a presidente Dilma Rousseff. Na sequência, as centrais vão participar da posse de Brizola Neto.

Este ano, a bandeira de luta do 1º de maio da CUT é o fim do imposto sindical. Mas, outras reivindicações também estão em pauta, como a redução da jornada de trabalho para 40 horas, o fim do fator previdenciário e a luta pela redução dos juros.