Jornal Estado de Minas

CPMI do Cachoeira recebe inquérito do STF nesta quarta

Agência Câmara
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira recebe nesta quarta-feira do Supremo Tribunal Federal (STF), os 40 volumes do inquérito que investiga o caso. Segundo o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), o documento de 15 mil páginas será entregue em CD e papel.
O pedido de acesso ao inquérito, feito pela CPMI, foi aprovado nessa sexta-feira pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski, que relata o processo. No despacho, o ministro mantém o caráter sigiloso do inquérito, o que obriga a CPMI a observar as restrições de publicidade sobre os dados que estão sob segredo de justiça.

Também hoje, no turno da tarde, a CPMI se reúne para traçar seu plano de trabalho.

Acesso ao inquérito

Lewandowski também liberou o acesso dos documentos do inquérito ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, que, desde o início do mês, examina representação do Psol para verificar se o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), suspeito de envolvimento com os negócios de Cachoeira, quebrou o decoro parlamentar.

Também poderá acessar o inquérito a comissão de sindicância aberta na Câmara para investigar o envolvimento dos deputados Sandes Junior (PP-GO) e Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) com o esquema.

Reuniões

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de Cachoeira pode definir, em reunião nesta quarta, as primeiras audiências. O relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), vai apresentar um plano de trabalho para as próximas semanas. Os parlamentares também devem eleger o vice-presidente da comissão.

Até sexta-feira, já haviam sido apresentados 167 requerimentos com pedidos de documentos sigilosos, de convocação de depoentes e de quebra de sigilos bancário e fiscal de suspeitos.