Brasília - O presidente nacional e fundador do PRTB, Levy Fidelix, negou nesta quarta-feira que tenha negociado a venda de seu partido com integrantes do esquema liderado pelo empresário de jogos ilícitos, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que está preso em Brasília. Fidelix negou conhecer Cachoeira e o sargento da reserva Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, e classificou o episódio de “factoide”.
Segundo reportagens veiculadas ontem (1º) na imprensa, escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal revelaram a tentativa de Carlinhos Cachoeira de comprar o PRTB em Goiás. Nas ligações gravadas em maio de 2011, o bicheiro e Dadá falam de diversas legendas menores e citam o nome do presidente nacional do PRTB, Levy Fidelix.
Perguntado se o seu partido estaria à venda, Fidelix disse que a sigla é como se fosse um filho. “Sou fundador do PRTB. Ele é um filho meu. Não vendo meu filho. Você [jornalista] venderia um filho seu? É meu filho, meu sangue, minha carne, minha vida”, argumentou Fidelix.
Para ele, o vazamento de informações sigilosas de operações da PF visam a atingir sua pré-candidatura à prefeitura de São Paulo. Fidelix disse que pretende conversar com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para cobrar explicações. “Já requeri uma audiência com o ministro para que eu possa ter uma conversa política, porque isso não é caso policial, mas político e saber dele por que a Policia Federal vazou uma citação”.