O novo ministro do Trabalho, Brizola Neto, admitiu nesta quinta-feira que ainda há divergências internas no seu partido, o PDT, para a aceitação do seu nome para comandar a pasta. Embora a presidente Dilma Rousseff tenha demorado a anunciar o nome de Brizola Neto, na expectativa de um acordo na seara do PDT, a escolha não foi vista com bons olhos pela bancada na Câmara.
"Ainda existem pequenas diferenças desse processo todo, que ainda precisam ser equacionadas. Mas a verdade é que o partido hoje, em sua grande maioria, quase totalidade, está convencido do seu papel, do seu posicionamento no campo político nacional. Isso é muito maior do que pequenas divergências", afirmou o ministro a jornalistas, após cerimônia de posse no Palácio do Planalto.
Brizola Neto disse que, por enquanto, não há "nenhuma definição" quanto aos cargos do Ministério e que o importante é "cumprir o processo de transição".
Ao contrário do ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, Brizola Neto disse que é possível que saia ainda nesta quinta-feira a definição da redução do Imposto de Renda cobrado sobre a participação nos lucros e resultados (PLR) que os trabalhadores recebem. "Inclusive, qual o valor que ia ser cobrado, a alíquota do IR que ia ser cobrada desses valores acima de R$ 6 mil", disse o ministro.
Sobre a sucessão de denúncias envolvendo a pasta, Brizola Neto disse que nenhuma das denúncias atingiam o ex-ministro Carlos Lupi - presidente nacional do PDT que foi ejetado do cargo em dezembro passado - e até agora nada foi provado. "Vamos continuar todo processo de apuração e todas as denúncias continuarão a ser investigadas e apuradas", afirmou o novo ministro.