Durante a reunião, alguns empresários comentaram que a presidente, depois de atacar os spreads bancários, estava na hora de pedir o alongamento de prazo para crédito ao consumidor.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse que a presidente não fez nenhum apelo ou críticas aos bancos. Ao contrário, falou da importância do Brasil ter "um sistema financeiro forte, bem estruturado e regulado de maneira que a gente não corre os mesmos riscos que ocorreram na Europa e nos Estados Unidos". Ela disse ainda, segundo Andrade, que o Brasil vai continuar trabalhando para obter taxas de juros mais baixas e a mudança na poupança é fundamental para a redução dos juros.
Ele disse também que os bancos se mostraram conscientes de que o Brasil caminha em outra direção e que agora precisa atacar os problemas de infraestrutura, impostos e custo financeiro.
O CEO do banco BTG Pactual, André Esteves, disse que a mudança foi uma decisão de muito bom senso, favorável para o Brasil porque vai na linha da consolidação de um cenário de taxas de juros mais compatíveis com os níveis internacionais e é apenas mais um passo, se as oportunidades se apresentarem, de o Banco Central continuar esse processo.
Questionado se a presidente teria dado algum puxão de orelha nos empresários durante a reunião, ele disse que não e que a reunião foi extremamente produtiva. Esteves elogiou a iniciativa da presidente de ter um fórum de discussão como esse.