Entre os 100 melhores colocados no IRFS geral, Minas teve 12 municípios. A cidade campeã foi Bom Jardim, em Santa Catarina, com o índice mais alto de aproveitamento (0,961). A cidade mineira de São Sebastião do Oeste, no Centro Oeste, ficou em quarto lugar (0,772). Jeceaba, na Região Central, também aparece na lista com um aproveitamento de 0,720.
Separadamente, o estado teve 18 entre as 100 cidades com melhor gestão, passando à frente de São Paulo (12) e Rio Grande do Sul (15). As cidades de Bueno Brandão (Sul) e Nazareno (Central) ficaram entre as 30 primeiras.
No quesito social, 20 cidades se destacaram dando ao estado o segundo lugar, atrás apenas de São Paulo, sendo que Itaguama (Centro Oeste), São Domingos das Dores (Rio Doce) e Carvalhópolis (Sul) ficaram entre as 30 primeiras. Na parte fiscal, seis municípios mineiros entraram no ranking dos 100, sendo o terceiro estado depois de Rio Grande do Sul e São Paulo. Entre os 30 primeiros, entram novamente São Sebastião do Oeste e Jeceaba, acrescentando Muzambinho, no Sul do estado.
Educação O quadro geral dos municípios brasileiros mostra um aumento quase imperceptível dos percentuais da receita gastos com educação. A média do país passou de 29,47% para 29,85%, uma diferença de 0,38 pontos percentuais e um valor acima dos 25% exigidos pela Constituição. Já na saúde, os gastos próprios cresceram de 17,18% em 2009 para 17,60% em 2010. Apesar das constantes queixas dos prefeitos, de um modo geral, os municípios evoluíram de uma situação de insuficiência de caixa em meados de 2002 e 2003 para sobra de caixa entre 2004 e 2010.
A difícil situação dos municípios brasileiros é vista pelo presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, como resultado da concentração de tributos nas mãos da união e de responsabilidades entre os prefeitos. “Os municípios estão se aproximando de um redemoinho que é a questão federativa. Por um lado você vê o prefeito assoberbado de demandas do dia a dia em todas as áreas enquanto o estado e a União, que estão mais longe do cidadão, ficam transferindo obrigações”, disse. O dirigente acredita que, no fim do atual mandato, a tendência é ter um maior número de inadimplência dos prefeitos em relação ao cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Ziulkoski não poupou nem os parlamentares na crítica. Segundo ele, os deputados e senadores dão com uma mão, ao aprovar emendas com recursos para as cidades, mas tiram com a outra, votando um piso para o magistério que as prefeituras não conseguem cumprir.