A PF também identifica referências ao dono da empresa, Fernando Cavendish - que se licenciou da presidência do conselho da construtora há 10 dias -, em conversas de Cachoeira com Abreu e com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
Nas gravações feitas pela PF, Pacheco é citado em pelo menos 22 diálogos do contraventor e de seus aliados. Dois encontros foram agendados entre ele e Cachoeira, indicam gravações realizadas em junho e julho do ano passado. Em 15 de junho, o ex-vereador de Goiânia Wladimir Garcez informa a Cachoeira que está chegando na casa do contraventor "acompanhado de Cláudio, Heraldo e Pacheco".
Pacheco também teria se oferecido como sócio de Cachoeira na compra de um terreno. Em 15 de agosto de 2011, Abreu leva um suposto recado do diretor ao contraventor: "Falei que você tava comprando. Ele tá querendo entrar com você na compra da área". Cachoeira propõe parcerias na construção de imóveis do Programa Minha Casa, Minha vida: "Fala lá com o Pacheco, vê se ele tem interesse".
O contraventor também demonstra intimidade ao falar do número dois da Delta. Em conversa com Abreu no dia 1.º de junho de 2011 Cachoeira manda: "Amanhã, você dá uma cacetada no Pacheco porque não entrou nada viu? Tudo atrasado, tudo atrasado". No dia seguinte, Cachoeira pede a Abreu que mande um avião a Brasília para levar Demóstenes ao encontro de Pacheco em Goiânia.