No relatório, Costa relaciona uma série de ações atribuídas ao senador de Goiás em favor do empresário de jogos ilegais Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. No plenário do Senado, Demóstenes negou manter relações políticas e de negócios com Carlinhos Cachoeira. Segundo ele, ambos eram apenas amigos.
O processo de cassação foi instaurado a partir de uma ação movida pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Nela, o PSOL acusa Demóstenes de quebrar o decoro parlamentar por se envolver com Carlinhos Cachoeira – investigado pela Polícia Federal nas operações Vegas e Monte Carlo, nas quais foram flagrados diálogos de Cachoeira, seus interlocutores e vários políticos, inclusive Demóstenes.
A Operação Vegas, comandada pelo delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques Sousa, identificou um esquema de exploração de caça-níqueis e contratos públicos comandado por Cachoeira, envolvendo governadores e parlamentares de vários partidos políticos.
Amanhã (7) deve ser aberto o acesso dos 32 integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira ao inquérito enviado pelo Supremo Tribunal Federal, com restrições de segredo judicial. Os documentos serão preservados em uma sala, mantida sob segurança durante o dia e à noite. Os parlamentares não poderão usar celular nem computador no local, na tentativa de evitar o vazamento de informações.