O concurso realizado no início deste ano, para a contratação de agentes comunitários de Saúde em Claro das Poções, no Norte de Minas, está sob investigação do Ministério Público de Minas Gerais (MP) por indícios de fraude envolvendo a empresa responsável pelo processo seletivo. De acordo com o promotor Paulo Vinícius de Magalhães Cabreira, foi contratada uma cooperativa sem abertura de licitação, sob a alegação de situação de emergência. Na época do contrato, essa empresa estava inadimplente junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), além de esse não ser o ramo de atuação da cooperativa. De com o promotor de Justiça, a suposta ilegalidade na contratação "ganha força pelo fato de um secretário da empresa ser parente do procurador jurídico, da secretária municipal de Educação e, possivelmente, da prefeita de Claro dos Poções".
O promotor acredita que os investigados agiram em conluio e buscaram beneficio próprio e para outras pessoas, "muitas vezes apadrinhados dos agentes públicos municipais", por meio da manipulação do resultado final do concurso, o que causou "prejuízos à Administração Pública e a várias pessoas postulantes aos cargos públicos oferecidos".