O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, concordou com o prazo, mas afirmou que será insuficiente para esmiuçar a conduta de cada um dos réus. "É um tempo mínimo para que a acusação possa esboçar-se de forma satisfatória", afirmou. Apenas o ministro Marco Aurélio foi contrário ao prazo. Ele propôs que o procurador tivesse à disposição o tempo que considerasse necessário.
Os ministros decidiram também que o ministro Joaquim Barbosa não precisará, no início da sessão, ler a íntegra do seu relatório - de 122 páginas. No dia da sessão, Barbosa afirmou que fará uma síntese resumida do relatório e deixará a íntegra à disposição dos advogados. "O que menos quero é gastar tempo aqui desnecessariamente já que o relatório é do conhecimento de todos", afirmou Barbosa.
A data em que será iniciado o julgamento depende primeiramente do ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo. Ao Grupo Estado, Lewandowski afirmou que deve liberar o processo até o final de junho. Só depois disso a data do julgamento poderá ser marcada.
Barbosa calcula que o tribunal precisará de três ou quatro sessões para concluir o julgamento. Outros ministros estimam que seriam necessários até dois meses, já que o ministro Joaquim Barbosa adiantou que não teria condições de participar de sessões em todos os dias da semana.