O relator evitou comentar as declarações do procurador que considerou que as críticas por sua decisão de não aceitar o convite feito pela CPMI para que ele preste esclarecimentos venham de pessoas interessadas em desmoralizá-lo por causa do julgamento do mensalão. "O que nós queremos são respostas. E faz parte do nosso processo de investigação. Questões subjetivas não nos interessam", disse o relator, que negou existir uma "crise" entre a CPMI e o Ministério Público.
“Não há crise nossa em relação ao Ministério Público. O Ministério Público cumpre papel fundamental no estado brasileiro, é uma instituição que precisa ser fortalecida. Mas, como toda instituição pública, tem compromissos públicos, e a gente espera essa resposta”, declarou.
Ontem (9), Gurgel chegou a dizer que as críticas partiam de "pessoas que estão morrendo de medo do julgamento do mensalão". No julgamento desse processo, previsto para ocorrer ainda este ano, Gurgel será o responsável pela acusação dos 38 acusados de envolvimento no suposto esquema de compra de apoio político no Congresso durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ação aguarda apenas a conclusão do processo pelo ministro revisor, Ricardo Lewandowski.