Os primeiros depoimentos do conselho solicitados pelo relator começam na semana que vem – com os dois delegados e dois procuradores responsáveis pelas investigações das operações Vegas e Monte Carlo, da PF. Os quatro estão sendo ouvidos esta semana pela CPI e, a exemplo da comissão de inquérito, vão falar sigilosamente ao Conselho de Ética. "Falar sigilosamente é uma demanda deles próprios. Eles têm a preocupação de serem processados por violação de sigilo funcional", afirmou.
Provas No total, o Conselho de Ética aprovou ontem 13 requerimentos com pedidos de documentos e os depoimentos solicitados pelo relator. Ele pediu uma série de informações a órgãos públicos e empresas de telefonia para tentar reunir provas contra Demóstenes. Costa quer ter acesso, por exemplo, ao número do aparelho Nextel cedido por Cachoeira a Demóstenes, assim como às ligações efetuadas do aparelho que mostram conversas entre os dois, as transcrições das conversas e os responsáveis pelo pagamento da linha.
O relator também pede ao Senado registros de entrada e saída na casa de Cachoeira e pessoas ligadas ao empresário citadas no inquérito da Polícia Federal. Outro pedido é o de registro de voos realizados por Demóstenes, com o nome de seus acompanhantes, pelas empresas de taxi aéreo Voar e Sete, de Goiás. "Todos sabem que o senador disse em seu discurso no plenário do Senado que sua relação com o Cachoeira era de amizade. Essas informações podem caracterizar que a relação não se restringe a amizade", disse o relator.