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Estado de Minas

Chefe do jogo do bicho é testemunha de Demóstenes Torres


postado em 11/05/2012 07:32 / atualizado em 11/05/2012 07:35

Brasília – O contraventor Carlinhos Cachoeira vai depor no dia 23 de maio no Conselho de Ética do Senado para esclarecer suas relações com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). A data foi definida pelo Conselho, que aprovou ontem o calendário de depoimentos no processo contra o senador goiano, suspeito de envolvimento no esquema de Cachoeira. Nos dias 15 e 16 de maio serão ouvidos, respectivamente, os delegados e procuradores responsáveis pelas operações Vegas e Monte Carlo. No dia 22 será a vez do advogado Rui Cruvinel, como testemunha de Demóstenes. O senador vai depor no dia 28.

Cachoeira foi arrolado no processo como testemunha de defesa de Demóstenes. Segundo o relator, senador Humberto Costa (PT-PE), o empresário do ramo de jogos ilegais é obrigado a comparecer ao Conselho de Ética, mas pode recorrer ao direito de ficar calado para não produzir provas conta si próprio. Demóstenes será o último a ser ouvido porque, de acordo com Costa, já houve anulação de um processo no Conselho de Ética da Câmara por ouvir primeiramente os depoimentos da defesa, e não os solicitados pelo relator.

Os primeiros depoimentos do conselho solicitados pelo relator começam na semana que vem – com os dois delegados e dois procuradores responsáveis pelas investigações das operações Vegas e Monte Carlo, da PF. Os quatro estão sendo ouvidos esta semana pela CPI e, a exemplo da comissão de inquérito, vão falar sigilosamente ao Conselho de Ética. "Falar sigilosamente é uma demanda deles próprios. Eles têm a preocupação de serem processados por violação de sigilo funcional", afirmou.

Provas No total, o Conselho de Ética aprovou ontem 13 requerimentos com pedidos de documentos e os depoimentos solicitados pelo relator. Ele pediu uma série de informações a órgãos públicos e empresas de telefonia para tentar reunir provas contra Demóstenes. Costa quer ter acesso, por exemplo, ao número do aparelho Nextel cedido por Cachoeira a Demóstenes, assim como às ligações efetuadas do aparelho que mostram conversas entre os dois, as transcrições das conversas e os responsáveis pelo pagamento da linha.

O relator também pede ao Senado registros de entrada e saída na casa de Cachoeira e pessoas ligadas ao empresário citadas no inquérito da Polícia Federal. Outro pedido é o de registro de voos realizados por Demóstenes, com o nome de seus acompanhantes, pelas empresas de taxi aéreo Voar e Sete, de Goiás. "Todos sabem que o senador disse em seu discurso no plenário do Senado que sua relação com o Cachoeira era de amizade. Essas informações podem caracterizar que a relação não se restringe a amizade", disse o relator.


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