Os integrantes da comissão também garante ao índio que possa cumprir a pena em local de funcionamento de órgão federal de assistência a ele próximo a sua comunidade. Uma possibilidade, se autorizada pela Justiça, é que aldeia ou agrupamento do índio terá poderes para escolher qual a pena cabe a ele para o crime cometido.
"Nós temos uma dívida com os índios que data de 500 anos. No Brasil, o que acontece com os índios em alguns casos parece genocídio", afirmou o relator da comissão, o procurador regional da República Luiz Carlos Gonçalves, favorável à mudança.
O presidente da comissão, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp, disse que a inclusão das inovações sobre o índio no código não revoga o Estatuto do Índio, de 1973. As mudanças, segundo ele, asseguram uma maior proteção aos índios.
O colegiado deve apresentar até o final do mês uma proposta de anteprojeto do Código ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O texto poderá ser convertido em um único projeto ou incorporado a propostas que já tramitam no Congresso.