Perguntada pelo deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), autor do requerimento de convocação, sobre os pagamentos feitos pelo ministério durante a gestão dela, Ideli disse que apenas os autorizou, já que não havia, na ocasião, nenhum questionamento sobre o contrato. “Só posso dizer, com absoluta tranquilidade, que tomei conhecimento do contrato quando assumi o ministério. Em relação aos pagamentos efetuados, não assinei, não contratei, não licitei, mas paguei porque obrigada era”, disse a ministra.
Ideli voltou a negar envolvimento com os proprietários da empresa Intech Boating. “Não tenho relação nenhuma, nem pessoal, de conhecimento, não sei o nome de cor, não faz parte das minhas relações. Lembro de uma vez que estive com o proprietário. Uma vez porque foi no período em que estava à frente do ministério e entreguei uma das lanchas à Polícia Federal (PF) para trabalhar na fiscalização do litoral de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.”
Sobre a doação da empresa ao PT de Santa Catarina, Ideli disse que nem ela nem ninguém do comitê da campanha tiveram participação e que a doação foi legal. “Não tive qualquer conhecimento do pedido. Tanto que a contribuição foi feita ao Comitê Financeiro do Partido dos Trabalhadores. Não há contribuição para a minha campanha. Foi uma doação dentro da legalidade.”
A ministra disse ainda que no período de cinco meses em que esteve à frente do Ministério da Pesca entregou uma das lanchas para uso da PF e encaminhou o processo para que mais 13 fossem encaminhas a outros órgãos de fiscalização.