Dilma foi vaiada pela primeira vez desde que tomou posse na terça-feira, durante a 15ª Marcha dos Prefeitos em Brasília. A presidente pediu aos prefeitos que parassem de cobrar mudanças na divisão dos recursos do petróleo para os campos que já estão em atividade. E que o debate fosse realizado apenas para as áreas que serão exploradas futuramente.
No ano passado, o Senado aprovou projeto que garante a Estados e municípios não produtores de petróleo recursos de royalties. Atuais Estados produtores, como o Rio de Janeiro e Santa Catarina, criticaram a mudança, que atualmente está em debate na Câmara dos Deputados.
Com o dedo em riste, Dilma repreendeu Ziulkoski na solenidade de terça-feira. Antes do discurso, à Agência Estado, o presidente da CNM disse que o episódio será superado, mas ressaltou que fez um duro discurso na ocasião para alertar o governo federal para a difícil situação dos municípios.
"O Brasil está bem na parte externa. Tem uma parte interna que está terrível: os indicadores sociais de saúde, educação, segurança e isso tudo quem executa são os prefeitos", disse. Um dos motivos de queixa dos prefeitos, segundo Ziulkoski, é a criação dos pisos salariais por categorias, como o dos professores, determinada por lei federal. Essas mudanças têm impactado as finanças públicas municipais.