A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, pediu apoio a essa proposta para acelerar as obras do PAC. Disse ainda que a mudança no ICMS contribuirá para melhorar a distribuição da arrecadação. Essas duas propostas foram apresentadas por Ideli como alternativa ao projeto de redistribuição dos royalties do petróleo, tema que foi abordado pelos prefeitos anteontem no mesmo evento e rendeu vaias à presidente Dilma Rousseff. A ministra Ideli, por outro lado, foi aplaudida ontem ao tratar dessas questões. "Pelos aplausos, posso sair daqui contente e satisfeita, porque vamos fazer uma parceria nesses assuntos e trabalhar no Congresso Nacional." Muitos prefeitos defendem que a nova forma de divisão de royalties, em discussão no Congresso, deve valer tanto para as áreas que ainda serão exploradas quanto para os campos em produção. A presidente sugeriu que eles brigassem "de hoje para frente", e não pelo que já foi licitado e dividido. Ideli afirmou que essa questão pode passar pelo Congresso, mas ser contestada na Justiça.
Ontem, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, voltou a defender a divisão dos royalties de forma igual entre os entes da federação. O palco desta vez foi a tribuna da Câmara, onde Ziulkoski participou de uma sessão com a presença de congressistas e prefeitos. "Tem que votar como o Senado fez e votar a redistribuição dos royalties e não ficar subjulgado a um governador, aos interesses de um estado ou de uma minoria", afirmou da tribuna da Câmara Ziulkoski.