O senador Aécio Neves (PSDB-MG) tem o apoio do presidente nacional tucano, Sérgio Guerra, para ser o próximo candidato do partido à Presidência, mas precisará de empenho para se tornar mais conhecido pelo país. O conselho foi feito pelo dirigente tucano ontem em Belo Horizonte, onde ele participou de almoço com empresários e lideranças do partido. “A gente reclama não da postura dele no Senado, porque é um excelente senador. É que ele anda menos do que a gente desejava. A gente quer que ele ande mais pelo Brasil afora”, disse.
Apesar da defesa, Guerra afirmou que o partido só vai escolher o nome do candidato em 2014 e que, mesmo que houver só uma candidatura, haverá prévias. Além disso, promete consultar as legendas aliadas e fazer pesquisas de intenção de voto. O tucano voltou a dizer que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) não deve ser escondido, como aconteceu em campanhas anteriores, mas reiterou que é preciso apresentar uma proposta nova.
Prisioneiro Sobre a sucessão de Belo Horizonte, em que os tucanos não se entendem sobre o fechamento da aliança com PT e PSB pela reeleição do prefeito Marcio Lacerda, o presidente disse que pernambucano não deve opinar. Ele descartou qualquer possibilidade de intervenção nacional em Belo Horizonte, mas enfatizou que o PSB é um aliado importante em vários estados e que seria “interessante” manter a união.
Guerra, contudo, afirmou que o PSDB não é prisioneiro de qualquer situação e considerou natural que petistas e tucanos não se entendam pela manutenção da aliança. O PT quer a vaga de vice-prefeito e a aliança na chapa de vereadores e os tucanos só aceitam que os petistas fiquem com uma das duas opções. “Essa questão de ter coligação aqui ou ali não acompanhamos em Brasília. Vamos fazer o que o partido aqui decidir”, assegurou.
Sobre as especulações de que o PSDB poderia articular uma candidatura própria, caso não se concretize a dobradinha com Marcio Lacerda, o dirigente tucano não titubeou: “Por muitas razões especiais, em Minas a gente não teve candidato próprio à prefeitura da capital, mas ter candidato próprio é a orientação do PSDB no Brasil inteiro”. Lacerda participou do almoço e disse que nada está decidido em relação à coligação proporcional.