O líder do PT afirmou que todos os governadores que estiverem envolvidos com o crime organizado e com o esquema de Cachoeira serão convocados. No entanto, para Tatto, até agora, há justificativa para o depoimento apenas do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
"O que apareceu até agora foi o Marconi Perillo colocando parte do poder nas mãos de Cachoeira. Secretarias do governo foram preenchidas por indicados de Cachoeira e a casa do governador foi comprada pelo parente de Cachoeira com um cheque, uma prova material", disse.
Vaccarezza foi flagrado na quinta-feira, durante sessão da CPI, em conversa com Cabral por meio de torpedo transmitido por celular. "A relação com o PMDB vai azedar na CPI. Mas não se preocupe, você é nosso e nós somos teu (sic)", escreveu Vaccarezza para Cabral. A mensagem foi filmada por um cinegrafista do SBT. Na noite de quinta-feira Vaccarezza afirmou que não iria comentar o episódio.
A convocação de Cabral é defendida por parte dos integrantes da CPI. O governador é amigo do presidente licenciado da empresa Delta Engenharia, a empreiteira suspeita de ligações com o esquema de Cachoeira. Na gestão de Cabral, a Delta fechou contratos de mais de R$ 1 bilhão com o governo do Rio. O governador aparece em fotos divulgadas pelo deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) em situações de descontração em Paris com Cavendish e um grupo de amigos.