Mais tarde, a ministra Cármen Lúcia, que também tinha palestra prevista para o Congresso, disse que está pronta para o julgamento. "Da minha parte, estarei habilitada a votar na hora em que ele for colocado em pauta", garantiu. "Nós somos servidores e queremos dar respostas o mais rápido." Ela reforçou que está "estudando há algum tempo" o processo, assim como seus
Colegas
No entanto, disse que não tinha como prever uma data, visto que dependeria do relator, ministro Joaquim Barbosa, que já o entregou ao revisor, Ricardo Lewandowski, e, finalmente, do presidente do STF, ministro Ayres Britto, colocar em pauta. Segundo Cármen Lúcia, a demora deve-se ao fato de que não é comum ações penais serem apreciadas no STF, além de que há 38 réus e mais de 600 testemunhas. "É um processo longo", ponderou. "Se fosse (julgado) em primeira instância, o juiz talvez não tivesse todo o aparato necessário para chegar a esse julgamento."
Ficha Limpa
Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, a ministra disse que está será a primeira eleição com a lei da ficha limpa em sua integralidade. "Todo o rigor será aplicado no sentido de que a lei seja cumprida", afirmou. "A lei tem eficácia jurídica e social, pois teve iniciativa dos cidadãos que esperam que ela seja cumprida." No entanto, ela acredita que o cidadão tem se mostrado mais atento. "Sabe que não é só votar, mas ter ciência de quem é o candidato", disse.
Cármen Lúcia manifestou apreensão em relação ao número de juízes que trabalharão nas eleições. Ela disse que, no curso de um ano, já foram enviadas 27 listas de juízes efetivos e substitutos para a Presidência da República. Ela destacou que recentemente voltou a encaminhar as listas demonstrando sua preocupação. "Acredito que a presidente vai atender", reforçou.