"O PSDB tem essa responsabilidade e essa autoridade", disse Aécio, em entrevista concedida no início da noite, na entrada do Palácio do Campo das Princesas, onde foi visitar o governador Eduardo Campos (PSB) antes de participar da abertura de um congresso de mulheres do PSDB.
Candidato. Aécio estava acompanhado do presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra, que já o lançou como candidato preferencial do partido à Presidência da República.
Segundo Aécio, ao comemorar a maioridade do Plano Real, em junho o partido vai revisitar a sua história. Ele lembrou que o partido vive um momento de fortalecimento da sua estrutura, começa a renovar o seu discurso, atualizar suas propostas e se colocar como alternativa real ao modelo de gestão adotado hoje no País.
Amigo do governador Eduardo Campos, com quem disse ter proximidade de visão sobre o Brasil e o mundo, Aécio adiantou que não iria tratar de alianças futuras no encontro, mas de alianças pontuais, já que o PSDB apoia candidaturas do PSB em cidades de vários Estados - a exemplo de Belo Horizonte e Curitiba - e tem o apoio dos socialistas a candidatos tucanos em centenas de pequenas cidades brasileiras.
O encontro estava marcado para as 17 horas, mas Eduardo Campos, que participou de reunião de governadores para tratar da questão da seca, em Fortaleza, no Ceará, atrasou. Avisado do atraso, Aécio chegou ao Palácio do Campo das Princesas pouco depois das 18 horas, mas ainda assim esperou em torno de uma hora pelo governador.
CPI do Cachoeira
Sobre a decisão da CPI do Cachoeira, de não convocar os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT) e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) para depor, o senador tucano limitou-se a afirmar que "se os indícios forem muito fortes", os governadores devem ir (à CPI). "Mas não apenas de um partido."
Aécio destacou ainda que, no início da formatação da CPI, o PSDB propôs a divisão do comando da comissão.